em victor da rosa,


luz fraca na boca
e branco, tudo
muito branco: os objetos,
a cortina, o céu, as mãos brancas
esticavam a saliva
- nunca estive tão perto, espere -
agulha mole na pele mas --- nenhuma dor
a pele morre aguda após
a primeira pergunta: 
nós dois
vamos para o céu quando acabar tudo isso?


quando me perco em uma cidade estrangeira
e olho para o mapa que é também uma cidade
inteira no bolso da calça
é como se a imagem do instante em que me perco
ficasse presa para sempre no papel

Nenhum comentário: