em renan nuernberger,

HORÁRIO DE VERÃO
lembrança de uma tarde em Recife

os prédios e pontes
escondem
                        o ocaso,
recife ante estrelas
(ainda entre-ocultas)

a lua
                     / como baleia ou
navio pegando fogo
na costa-horizonte do
oceano (oceano, no atlas,
atlântico)
convida à explosão
              de cores
laranja bronze ouro –
e ao delírio de não-ser
(talvez seja o álcool!)
mais nada além do sol
sossego, sossego, sossego
brisa /
                               a lua,
fora de
seu tempo, queima-se

                    : eu-sôfrego?

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