| hide details Sep 7 (11 days ago) |
people people
(acho que vou enterrar minha cabeça em algum terreno baldio de saint-denis. ficar que nem o próprio santo acéfalo.)
e érica
eu me intrigo
¿como é que os franceses se cruzando nas escadas
conseguem dizer tantas vezes "perdão"?
aliás
o meu EU tá pronto
subo dia desses no vimeo
ficou grandinho
acho que fui desviando desviando desviando desviando...
me lembro do george com o pano cobrindo toda a cabeça. como um perseu. como um adão saindo do paraíso. se apagando com a mão.
três horas de viagem e a ressaca moral era tanta que ele não tirou o pano por nenhum instante do trajeto. de bruxelas a paris. os guardas rodoviários. me lembrei agora do meu sonho! eu era deportado...
| hide details Jul 21 |
hoje no treptower park :
dinossauros e cisnes
um parque de diversões abandonado
uma fábrica
e o rio.
me expulsaram de lá. não muito depois de ter pulado a grade.
olharam pra mim e esperaram
uma primeira palavra
a minha.eu sorri e ele
que parecia polonês
(quem sou eu pra definir sotaques?)
disse "closed".
pediu meu documento. fez notas. enquanto o outro / meu cúmplice / me foi levando à saída.
dei a volta pelo lado de fora da grade
e peguei a bicicleta.
mas ao pular
ao saltar o ferro enferrujado
antes dos guardas
no início
os elefantes quer dizer os dinossauros
caídos no chão
estátuas gigantes de um parque / de diversão / em abandono
pensei na serpente que passou entre os álamos / na zona vulcânica de la Garrotxa
senti que algo se enrolava na minha perna
e vi um falcão. um falcão pousado entre os dinossauros, que abriu as asas e me assustou (eu me virei) sobrevoando e pousando mais além - onde já não o via.
e antes a falar de llansol com uma portuguesa - a ana marta leite ramos martins (ramos leite martins?)
no café da manhã
foi incrível
berlim é a cidade friche industrielle
o terreno vago
a lucidez em neukölln.
aquela música (lembra?!)
do david bowie
instrumental
que tanto mandei
neukölln
a trilha dos trens do meu filme
pois é
escrevo agora de neukölln (lado b do heroes)
onde moram os portugueses
um colectivo que conheci aqui
altes finanze
ao lado de uma argelina de olhos / e cilhos / brilhantes
mas o falcão (do livro dela) O tom da posse bate agora como luz no vidro da janela, e eu leio "só se pode abrir mão, quando os olhos já guardaram a imagem, e o seu poder de suavidade cintilante". "Como uma cena fulgor." Sim, como uma cena fulgor."
os portugueses dizem "sim", como todos
os brasileiros e os italianos dizem "é"/
o EU a érica que joguei (eu joguei lá, mas eu não filmei) no Spree
o terceiro eu
o rio do outro lado da grade, digo, dos elefantes
a fábrica a pata da máquina retirando areia
outro dinossauro
os dentes no meio da floresta
uma cidade que pode-se tornar raposa
um javali passando no meio da rua
um urso / das biere
more is more
eu não tenho onde morar
é por isso que eu moro na areiaeu não tenho onde morar
é por isso que eu moro na areia
eu nasci pequenininho
como todo mundo nasceu
todo mundo mora direito
quem mora torto sou eu não tenho onde morar
é por isso que
um reverb
mistura de serenidade e frenesi
é isso
chegou o pedro dizendo:
cheira a bacalhau!
de repente é gozado aqui entre
9 portugueses
e a mente em vós
é como o piva falou
não tem que ter medo
marchons // marchons // marchons
de neukölln a köln
depois paris que como diz o rabelais vem de "rir é o próprio do homem"
pois lembro daquele papo
de que os brasileiros sempre atingem o sublime rindo
é forma deles gozarem
e é gozado isso
enfim
já é demais
andei falando do astro-lábio pra mariana
ela é búlgara e meio maga
ela tem uma idéia
a de um mar mexido
e no meio dele um barco
e no barco um farol
girando e navegando
nos des-re-localizando
mas não é pra contar pra ninguém
um beijo abraço coletivo
rumo à janela-jardim
lux
dinossauros e cisnes
um parque de diversões abandonado
uma fábrica
e o rio.
me expulsaram de lá. não muito depois de ter pulado a grade.
olharam pra mim e esperaram
uma primeira palavra
a minha.eu sorri e ele
que parecia polonês
(quem sou eu pra definir sotaques?)
disse "closed".
pediu meu documento. fez notas. enquanto o outro / meu cúmplice / me foi levando à saída.
dei a volta pelo lado de fora da grade
e peguei a bicicleta.
mas ao pular
ao saltar o ferro enferrujado
antes dos guardas
no início
os elefantes quer dizer os dinossauros
caídos no chão
estátuas gigantes de um parque / de diversão / em abandono
pensei na serpente que passou entre os álamos / na zona vulcânica de la Garrotxa
senti que algo se enrolava na minha perna
e vi um falcão. um falcão pousado entre os dinossauros, que abriu as asas e me assustou (eu me virei) sobrevoando e pousando mais além - onde já não o via.
e antes a falar de llansol com uma portuguesa - a ana marta leite ramos martins (ramos leite martins?)
no café da manhã
foi incrível
berlim é a cidade friche industrielle
o terreno vago
a lucidez em neukölln.
aquela música (lembra?!)
do david bowie
instrumental
que tanto mandei
neukölln
a trilha dos trens do meu filme
pois é
escrevo agora de neukölln (lado b do heroes)
onde moram os portugueses
um colectivo que conheci aqui
altes finanze
ao lado de uma argelina de olhos / e cilhos / brilhantes
mas o falcão (do livro dela) O tom da posse bate agora como luz no vidro da janela, e eu leio "só se pode abrir mão, quando os olhos já guardaram a imagem, e o seu poder de suavidade cintilante". "Como uma cena fulgor." Sim, como uma cena fulgor."
os portugueses dizem "sim", como todos
os brasileiros e os italianos dizem "é"/
o EU a érica que joguei (eu joguei lá, mas eu não filmei) no Spree
o terceiro eu
o rio do outro lado da grade, digo, dos elefantes
a fábrica a pata da máquina retirando areia
outro dinossauro
os dentes no meio da floresta
uma cidade que pode-se tornar raposa
um javali passando no meio da rua
um urso / das biere
more is more
eu não tenho onde morar
é por isso que eu moro na areiaeu não tenho onde morar
é por isso que eu moro na areia
eu nasci pequenininho
como todo mundo nasceu
todo mundo mora direito
quem mora torto sou eu não tenho onde morar
é por isso que
um reverb
mistura de serenidade e frenesi
é isso
chegou o pedro dizendo:
cheira a bacalhau!
de repente é gozado aqui entre
9 portugueses
e a mente em vós
é como o piva falou
não tem que ter medo
marchons // marchons // marchons
de neukölln a köln
depois paris que como diz o rabelais vem de "rir é o próprio do homem"
pois lembro daquele papo
de que os brasileiros sempre atingem o sublime rindo
é forma deles gozarem
e é gozado isso
enfim
já é demais
andei falando do astro-lábio pra mariana
ela é búlgara e meio maga
ela tem uma idéia
a de um mar mexido
e no meio dele um barco
e no barco um farol
girando e navegando
nos des-re-localizando
mas não é pra contar pra ninguém
um beijo abraço coletivo
rumo à janela-jardim
lux
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